quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Robert Johnson's Cross Road Blues

Essa é uma animação muito interessante que conta, de maneira resumida, a história e os mitos por trás do ícone do blues, Robert Johnson. Desde o início duro, nas plantações de algodão, até o pacto na encruzilhada, o sucesso repentino, as mulheres e finalmente sua morte, que na animação é mostrada da maneira mais aceita pelos estudiosos: envenenado por um marido ciumento.

E termina com a seguinte frase: "Sem Robert Johnson, sem rock n' roll."



Encontrei no site Fundação Robert Johnson.

27 NOVEMBRO, 2011

3 versões - All Your Love

All Your Love foi composta e gravada por Otis Rush em 1958. Ela é sua música mais famosa e a mais regravada por outros artistas. Ela toma emprestado algumas linhas de guitarra da música instrumental Lucky Lou, de Jody Williams.

Entre os artistas que regravaram essa música destaco John Mayall and the Bluesbreakers, em 1966, que contava com Eric Clapton na banda,Aerosmith, em 1977, Stevie Ray Vaughan, em 1980 e Gary Moore em 1990.

No ano passado a música foi introduzida no Blues Foundation Hall of Fame, que observou que a música foi uma inspiração óbvia para Beyond Here Lies Nothin, último single de Bob Dylan, de 2009. O guitarrista Peter Green disse em várias entrevistas que a música All Your Love foi sua inspiração ao escrever seu grande clássico Black Magic Woman, famosa na voz de Carlos Santana. O próprio Santana afirmou certa vez que "se você tirar a voz de Black Magic Woman e deixar somente o ritmo, é All Your Love, é Otis Rush!"


A primeira versão é a original, na voz de Otis Rush, e também a minha favorita.




A segunda versão é de John Mayall and the Blues Breakers, com Clapton na guitarra, que alterou levemente o riff principal.




Terceira e última versão, de Stevie Ray Vaughan, mais acelerada e virtuosa.



E fica a pergunta: Qual a sua versão favorita?

26 NOVEMBRO, 2011

Missionários do Blues

Essa é uma banda aqui da minha cidade, Ribeirão Preto, SP, que já ouço a bastante tempo. Estou fazendo esse post com um pouco de atraso, porque hoje, dia 26 de novembro eles lançarão seu primeiro cd autoral com um show nos Estúdios Kaiser de Cinema.

É uma banda muito competente ao tocar blues, com bons solos de gaita e ótimos vocais de apoio. Deixo abaixo a biografia e os links oficiais da banda.

A banda Missionários do Blues foi criada em setembro de 1997, com o objetivo de participar do projeto “Músicos em Grupo” da USP. A idéia agradou e o grupo continuou na estrada após o evento, graças a iniciativa de HA banda Missionários do Blues foi criada em setembro de 1997, com o objetivo de participar do projeto “Músicos em Grupo” da USP. A idéia agradou e o grupo continuou na estrada após o evento, graças a iniciativa de Henry Blues Boy (gaitista) e Danilo Veríssimo (ex-guitarrista).

Inspirados pelos grandes bluesmen do Delta do Mississipi, de Chicago e New Orleans, os Missionários do Blues vêm disseminando a palavra sagrada do blues há mais de dez anos pela noite afora, tocando em palcos de Ribeirão Preto e outras cidades do interior paulista.

Os Missionários pregam a alegria e o alto astral em suas apresentações, interpretando um repertório recheado com o melhor do blues, soul erhythm’n’blues, além de clássicos do rock e composições próprias.

Uma característica marcante da banda é o costume de contar com a participação de convidados especiais em suas apresentações. Grandes talentos da música sempre passaram pelo palco dos Missionários do Blues, contribuindo ainda mais para a qualidade do som.
http://www.myspace.com/missionariosrp
http://missionariosdoblues.blogspot.com/

02 NOVEMBRO, 2011

Stevie Ray Vaughan - Texas Flood

Acho que já postei esse vídeo anteriormente, mas gostaria de compartilhar novamente. A música Texas Flood foi composta por Larry Davis e ficou no anonimato até que Stevie Ray Vaughan a regravou em seu álbum de estréia, que também leva o nome da música em questão.

Gosto muito desse vídeo porque ele mostra a melhor versão dessa música, na minha opinião. (Devo ter assistido esse vídeo mais de 40 vezes). No vídeo ele toca com uma pegada incrível, solando freneticamente, fritando, espancando, tirando o suco da guitarra, ou qualquer outro termo que você queira usar.

Acho uma pena ele ter sido mais um grande artista que teve uma morte precoce, pois o coloco como um gênio da guitarra, ao lado de Buddy GuyFreddie King e tão bom quanto Jimi Hendrix. Coloque em full screen e aumente o volume!



O maior guitarrista branco de blues de todos os tempos. =]

James Son Thomas

James Thomas nasceu na cidade de Eden, no Mississippi, no dia 14 de outubro de 1926. Ele nunca conheceu seu verdadeiro pai e foi criado pelos avós maternos, que lhe deram o apelido de "filho" (son). Desde garoto ele demonstrava interesse pela música e por esculturas, feitas usando o barro do rio Yazoo.

Sua arte de esculpir começou a se tornar obscura quando resolver pregar uma peça em seu avô, que tinha muito medo do paranormal. Ele esculpiu uma caveira, com dentes feitos de grãos de milho, e a colocou em um lugar escuro, mas que era visível quando se acendia a luz. A brincadeira teve o efeito desejado, e seu avô tomou um tremendo susto. A partir desse dia ele passou a esculpir crânios, às vezes até usando dentes de verdade, que ele conseguia com os dentistas locais.

Ele chegou a ter suas esculturas mais populares expostas em museus e galerias em Nova Iorque, Los Angeles e Washington, onde na ocasião ele foi apresentado a então primeira-dama,Nancy Reagan, esposa do presidenteRonald Reagan.

A música era a outra paixão de Son Thomas, principalmente o blues, que ele conheceu através de artistas locais do delta, como Tommy McClennanArthur Big Boy Crudup eSkip JamesOs primeiros acordes ele aprendeu com um tio e logo desenvolveu sua técnica, passando a tocar em festas locais, onde teve contato com alguns grandes nomes do blues como Sonny Boy Williamson II (Rice Miller) e Elmore James. Son Thomas inclusive aproveitou o fato de James deixá-lo tocar a seu lado para aprender algumas técnicas, com um cara que viria a se tornar uma das maiores lendas do blues.

Logo ele se tornaria conhecido em sua região, tocando e compondo alguns clássicos, como Cairo BluesBeefsteak Blues. Infelizmente, como muitos artistas da época, sua música era desconhecida para o resto do mundo, forçando-o a trabalhar duro, inicialmente como coveiro e depois, com a saúde já debilitada, numa loja de móveis.

Sua sorte começou a mudar quando ele foi descoberto, em sua casa, na cidade de Leland, pelo pesquisadorWillian Ferris. Thomas se tornou o personagem principal de um livro,Blues From The Delta, e de cinco filmes de Ferris, "Mississippi Delta Blues" (1969), "James 'Son Ford' Thomas: Delta Blues Singer" (1970), "Give My Poor Heart Ease" (1975), "I Ain't Lying" (1975) e "Made In Mississippi" (1975).

Através desses documentários, James Son Thomas se tornou conhecido e além de tocar em várias partes dos Estados Unidos, excursionou pela Europa a partir do ano de 1981. Nessa turnê ele era apresentado como o último representante do legítimo blues do delta. Ainda nessa época ele também gravou vários discos, os quais destaco Highway 61 BluesSon Down On The Delta e Bottomlands, gravado com seu amigo, o gaitistaWalter Liniger, no ano de 1990, disco foi postado aqui no blog. Acesse clicando aqui.

Os constantes problemas de saúde faziam com que ele aparentasse uma idade muito superior a que ele realmente tinha. Em maio de 1993, após um derrame, ele foi internado no hospital de Greenville, no Mississippi, de onde nunca mais saiu com vida. Ele morreu em 26 de junho de 1993, vítima de um ataque cardíaco, aos 66 anos. Sua lápide foi financiada por John Forgety, vocalista do Creedence, que além dessa, também financiou a lápide de Charley Patton.

Enjoy:

Nesse vídeo James Son Thomas toca a clássica canção Dust My Broom, de autoria contestada, entre Elmore James e Robert Johnson.





Aqui Son Thomas toca Beefsteak Blues, a minha música favorita dele. "Beefsteak when I'm hungry, and whisky when I'm dry..."

23 OUTUBRO, 2011

Sonny Boy Williamson & The Yardbirds

Password: 360grauss.blogspot.com
Esse disco expressa bem o que foi a invasão do blues norte americano em território britânico e a influência do blues no som da terra da rainha.

No final de 1963 Sonny Boy foi à Inglaterra com o festival American Folk Blues e durante sua estadia lá assistiu a um show dos Yardbirds. Combinaram então a reunião e a gravação de um disco ao vivo. As gravações ocorreram no dia 08 de dezembro de 1963 no Crawdaddy Club, em Richmond. Nessa época a formação dos Yardbirds contava com um guitarrista de peso: ninguém menos que Eric Clapton.

Não vou citar faixas favoritas porque esse é um disco que escuto de ponta a ponta. Curto muito Sonny Boy.

Tracklist:

1. Bye Bye Bird
2. Mr. Downchild
3. 23 Hours Too Long
4. Out on the Water Coast
5. Baby Don't Worry
6. Pontiac Blues
7. Take It Easy Baby [Version One]
8. I Don't Care No More
9. Do the Weston
10. The River Rhine
11. A Lost Care
12. Western Arizona
13. Take It Easy Baby [Version Two]
14. Slow Walk
15. Highway 69


*Garimpado no 360grauss
.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Jam Session

O blog Big Field Blues Society tem o prazer de convidar você a participar do encerramento do ano com muito estilo:


Jam Session Blues!

Entre os convidados destacamos os seguidores do blog e aqueles que apreciam um bom blues regado a muita descontração, música, cerveja e, o mais importante: amigos!

Venha fazer parte da nossa festa!

A entrada será a doação de um brinquedo novo ou em bom estado de conservação para crianças de 0 a 11 anos, para fazermos a alegria das crianças da Casa de Acolhida II, em Jardim América, Cariacica. Se possível especifique a idade e sexo na parte externa do embrulho.

O evento acontece dia 11 de dezembro, a partir das 11h da amanhã, no Bar do Pantera.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Este final de semana vai ter Bad Guy Blues no Bar do Pantera, com o melhor do Rock in Roll e Blues.Não percam!!!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Rádio: Buddy Guy & Junior Wells

Das melhores parcerias que o blues já teve, com certeza nela está inclusa Buddy Guy & Junior Wells. Dê um play na rádio e ouça um maravilhoso blues acústico, violão e gaita. Imperdível!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Ouvindo a Rádio do Blog

Alguma semanas atrás colocamos uma rádio em nosso blog, só que não tínhamos resolvido como seria a atuação dela. Então resolvemos apresentar por cantores.
Na estréia de nossa rádio vamos ouvir Shemekia Copeland, nascida em New York em 1972, filha Johnny Copeland, bluseiro das antigas. A primeira vez que há vi foi no dvd "A História do Blues", achei o timbre de voz dela fantástico. espero que curtam!!!

Mais informações http://www.shemekiacopeland.com/

domingo, 18 de setembro de 2011

Quem Foi Robert Johnson??

Dando seguimento aos posts sobre os ícones do Blues, contamos agora com o olhar do Bluesman Marcio Pessoa, um Biblioteconomista que também curte muito esse nosso empoeirado Blues.
Em breve teremos novidades.

Robert Johnson


Uma das figuras mais lendárias da rica história do Blues é, com certeza, Robert Leroy Johnson,

cantor e guitarrista americano, nascido em Hazlehurst, Mississippi , oficialmente, no ano

de 1911. Digo “oficialmente”, pois existem vários registros, como documentos escolares,

certidões de casamento e de óbito, entre outros, que apresentam diferente datas entre 1901 e

1912.



Uma das histórias mais fascinantes do Blues, na minha opinião, é a que sugere que Johnson

vendeu sua alma ao diabo na encruzilhada das rodovias 61 e 49 em Clarksdale, Mississippi,

com seu violão e uma garrafa de whisky adulterado. Segundo reza a lenda, o diabo tomou

seu violão e afinou um tom abaixo, devolveu para Johnson que o tocou como toca em suas

gravações. Johnson fez o pacto em troca da proeza para tocar guitarra. Este mito foi difundido

principalmente por Son House, e ganhou força devido às letras de algumas de suas músicas,

como "Crossroads Blues", "Me And The Devil Blues" e "Hellhound On My Trail". O mito

também é descrito no filme de 1986, “A Encruzilhada” e no episódio 8, da segunda temporada

da série Supernatural.





Roberto Johnson é considerado por muitos como “o maior cantor de Blues de todos os

tempos”, porém, para conhecer sua música é necessário paciência. Não são todos que se

encantam com o estilo do Delta Blues, um dos mais antigos estilos do Blues. Nesse estilo,

criado na região do Delta Mississippi, que se estende de Memphis (terra de Elvis), Tennessee a

norte, Vicksburg, Mississippi no sul, e do Rio Mississippi a oeste, ao Rio Yazoo a leste. Essa área

é famosa tanto pelos solos férteis, como pela sua pobreza extrema. Guitarra e gaita são os

instrumentos predominantes da região. Os estilos vocais vão dos mais introspectivos e calmos

aos mais ferozes e entusiásticos. Além do estilo peculiar de Johnson, pesa também, o fato do

padrão técnico das gravações de sua época estarem muito distantes dos padrões estéticos e

técnicos atuais.



Robert Johnson gravou apenas 29 músicas em um total de 41 faixas, em duas sessões de

gravação em San Antonio, Texas, em Novembro de 1936 e em Dallas, Texas, em Junho de

1937. Treze músicas foram gravadas duas vezes. As duas versões de Crossroads, por exemplo,

foram registradas em Santo Antônio (Texas). Seu violão era um Kokomo, marca simples e

muito barata. De qualidade precária, não se sabe até hoje como ele conseguiu extrair das

gravações uma sonoridade robusta e, ao mesmo tempo fina, com a caixa pequena e estreita

do instrumento.



Embora Johnson certamente não tenha inventado o blues, que já vinha sendo gravado 15

anos antes de suas gravações, seu trabalho modificou o estilo de execução, empregando mais

técnica, riffs mais elaborados e maior ênfase no uso das cordas graves para criar um ritmo

regular. Suas principais influências foram Son House, Leroy Carr, Kokomo Arnold e Peetie

Wheatstraw. Johnson tocou com o jovem Howlin' Wolf e Sonny Boy Williamson II (que afirma

ter estado presente no dia do envenenamento de Johnson e ter alertado o mesmo sobre a

garrafa de whisky com veneno). Johnson influenciou Elmore James e Muddy Waters, e o blues

elétrico de Chicago na década de 1950 foi criado em torno do estilo de Johnson. Há uma linha

direta de influência entre a obra de Johnson e o Rock and roll que se tornaria popular no pós-

guerra.

Apesar de existirem diversas versões para sua morte, a que tem maior credibilidade seria

a de que, em 1938, Johnson bebeu whisky envenenado com estricnina, supostamente

preparado pelo marido ciumento de uma de suas amantes. Johnson conseguiu se recuperar do

envenenamento, mas contraiu pneumonia e morreu 3 dias depois, em 16 de Agosto de 1938,

em Greenwood, Mississippi. Outras versões dizem que ele haveria morrido de sífilis e que

havia sido assassinado com arma de fogo, porém, em sua certidão de óbito consta apenas "No

Doctor" (Sem Médico) como causa da morte.

ROBERT JOHNSON, CONVERSANDO COM O DIABO
Era quase meia noite, Robert partira para Clarksdale numa encruzilhada da rodovia 61 com
a 49 levando consigo uma garrafa de whisky adulterado e sua Dobro 1927 californiana com
velhas cordas oxidadas a ponto de rasgar os dedos. A fumaça de seu Lucky Strike Bull´s Eyes
cortava o espaço nebuloso quando um bend escandaloso fora cuspido de uma velha gaita
cromada. Era Thomaz.
Robert continuara a estória assegurando que quando desejou seguir Son House por
Robunsonville, este o esnobou certa vez num café, ao lado de Willie Brown. “Aquilo nunca foi
nem será blues, ele veio me procurar, disse que me seguiria onde eu fosse, coitado, o garoto
não tem talento Wil.”
O final todos conhecem, Thomaz toma o violão empenado de Johnson e o afina um tom
abaixo, a tensão das cordas se foi e o que ouvi depois foi um mi maior afrouxado seguido de
uma pegada densa, arrastando um riff pesaroso caindo para um lá maior, tensa mas singela,
o contraste da chegada na quinta da harmonia foi um repouso melódico para depois voltar
com mais vivacidade na nota principal. Nada de solos impertinentes, obviedade na execução.
Tocava como um demônio!

Curtam a seguir o bom e velho Robert Johnson, de corpo e alma (do diabo ou não...rsrs), com
Crossroad Blues...um dos meus blues favoritos!!!



Obrigado Marcio Pelo Post.
BFBS

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Blues em Itaunas

O Blues em Itaunas foi maravilhoso, parabéns ao Big Bat Blues Band pelo Show Acústico e tão Intimista.Pessoas legais em um lugar maravilhoso. Plantamos as raízes para que no ano que vem o pau quebre ainda mais com um festival de Blues em Itaunas!! Preparem se para o próximo 7 de Setembro.
Próxima missão é estar todos no show da Fry Blues Banda no Teatro Municipal em Vila Velha Sexta Feira as 20.
Temos um post saindo do forno sobre Robert Johnson feito por Márcio Pessoa.
Confira as fotos do Show em Itaunas no feriado de 7 de setembro